Pela garganta o amargo desce.
Não há explicações.
Nada mata esse vazio que só cresce.
Sem vida, sem emoções.
Existe algo em mim que não se satisfaz.
Não com as conquistas, nem com esses sentimentos.
É um enorme senso de nada, que não me deixa em paz.
Que me deixa tão inerte que nem existe sofrimento.
Algo que eu não sei nomear.
Só sei que tem gosto de fel.
Como quando a gente ve que errou e não pode mudar.
Ou quando mesmo sem um crime te jugam como réu.
As vezes me sinto tão bem que de tudo isso esqueço.
Mas em dias como hoje eu penso que mereço.
Toda essa falta que eu sinto.
Ah, meus dias de inconsequencia, sem preocuções.
Vejo que na verdade eu minto.
Engano a mim mesmo, achando que isso é a solução.
Nada faz voltar tudo que eu perdi.
Minha personalidade, minha familia, meu deus e até o meu ar.
Felizmente não se apaga o que com isso eu construi.
Minha arte, meus amores, meus amigos, aprendi a sonhar.
Afinal, "o doce nunca é tão doce sem o amargo".
Aprendi assim que a felicidade existe.
Existe nos momentos em que esquecemos dos problemas,
paramos de procurar soluções, entendemos que a vida é triste.
Mas que mesmo assim vale a pensa estar vivo, e tentar sorrir.
Que existem pessoas que te querem bem e te darão forças para seguir.
E assim um passo de cada vez eu vou percebendo que no fim, tudo é como deveria ser.
É tudo relativo, depende do ponto de vista, depende só de mim, depende só de você.
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