quarta-feira, 30 de setembro de 2009

katharsis

apesar de nada singelo, nem delicado, isso é uma música.


Foi o que você escolheu

amargura, ódio e rancor.

então te devolvo toda a dor.

agora vai conhecer o breu.


hoje eu curei a dor, te matei dentro de mim.

só restaram as rosas negras pro teu funeral.

de tantos caminhos, tu escolheu, vai ser assim.

Me faço banal, trivial e assim te torno irreal.


No rosto estampo um sorriso pela tua ilusão.

Vou dizer que te avisei que tudo ia ser em vão.

quero ver em mil pedaços o teu mundo sem valor

de tanto tu chorar vai se afogar nesse amor


Espero ansioso o momento de negar o teu perdão

Olhar no fundo do teus olhos , largar tuas mão e gritar "não".

e eu vou gritar até perder a voz. até sentir o sangue na garganta. pra ter certeza que é o fim

Oito

Oito noites mal durmidas.

Oito dias pensando no porque.

As oito vezes em que pensei em te dizer.

O motivo dessas oito lagrimas contidas.

Oito anos para contruir.

Oito segundos para destruir.

Oito horas ensainda para falar.

Não ter mais que as oito letras do teu nome para pensar.

domingo, 27 de setembro de 2009


meu caro fabio, tuas palavras tem o peso do mundo, o peso que a arte carrega de refletir a verdade, por isso faço das suas, minhas palavras também:

"...no fundo do poço, vomito teu gosto, acendo um cigarro, incendeio teu rosto e é o fim"

e em um raro momento de epifânia poética, o bêbado e o drogado proclamaram juntos:

"A vida nos prega mais peças de que podemos suportar."
Não havia toque. Não havia palavras. Era só ele, e suas letras para ela.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Penso: "falo?não falo?faço?nãofaço?"
Tictactictac, o tempo passa. A vida passou.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A noite vem sorrateira, ela se desfaz em pensamentos.
Quando vê já é dia e só tem forças pra dizer: -"puta merda, não dormi de novo".
Ele não conhecia a palavra "limites". Por isso ao pular daquele edifício alçou voo.
Poemas não lhe trouxeram soluções. Melhor contar histórias sobre a vida.
-"E foi assim que ..."
Era assim a sua vida, agora queria, agora não queria mais, depois não queria querer, mas também não queria não querer. De repente encontrava alg(o)guem que lhe fazia feliz.

domingo, 20 de setembro de 2009

Enquanto a noite você dorme em paz, aos prantos eu já não me sinto tão capaz...




não vou mais postar aqui.




fim;
É inacreditavel.
Eu juro que senti teus labios nos meus.
Senti o reclinar do teu corpo sobre o meu.
Mas acordei, e estava sozinho.
Tive que rir.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ele fala demais, pensou em cortar a lingua.
Mas faria varias outras bobagens demais também.
Então tudo bem, se conformou.
Acordei com uma saudade terrivel dela hoje.
Queimei todas as fotos. Problema resolvido.
Ele parou e olhou para o lado antes de atravessar a rua.
Pensou: -"Merda, nenhum carro vindo."
Voltou para casa.
Ele detestava o frio que sentia.
Então incendiou a casa e foi durmir.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ensaio sobre o vicio.

Eu nego, eu minto.
Eu faço e desfaço.
Sente o que eu sinto?
Um vazio, um espaço.
É frio, é solitário.
Mas é meu.
Pago com meu salário.
Me traz o que você perdeu.
É singular.
É um êxtase dolorido.
É vulgar.
Me rouba de mim como um bandido.
Felicidade embalada numa noite.
Boca amargando de manhã, um açoite.
Não me faz bem, nem mal.

Nem melhor, nem pior.
Me faz eu, me faz banal, me faz mortal.
Minha dose diaria do que não posso ter.
Anestesiado é mais facil de viver.
Não minto, eu esqueço.
Mais um tropeço.
Me dá meu copo?
Preciso me entender.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Os versos que eu não fiz.

Sou fraco, por isso me silenciei.

Não disse que te amo.
Não disse que eu chorei.
Não disse o quanto vale teu sorriso.
Nem o quanto dele eu preciso.
Por isso eu escrevo.
Porque eu não sei falar.
Porque não sei se devo.
Porque eu só sei pensar.
Mas não sei conter o medo.
Medo de te contar, mesmo que tu já conheça.
Medo que tu me conte algo que ainda não sei.
Medo de não poder mudar, seja lá o que aconteça.
Medo de perder o que eu nem tenho porque errei.
Errei em ficar em silencio, em falar, em escrever.
Sou confuso, por isso me disfarcei.
Para dizer o que eu penso sem temer.
Agradeço por que te encontrei.
Ainda que pareça tolo, me faz bem.
Te encontrando me encontrei.
Espero que, mesmo contudo, eu te faça bem também.
Pois é, só assim eu sou feliz.
Deixando em versos até os versos que não fiz.



O que te faz feliz?

E foi assim...

E foi assim...
Em meio a ruinas que tudo se construiu.
No fim do horizonte, onde o sol toca o mar.
A aurora alaranjada foi o cenário que os uniu.
Por um breve instante tudo pareceu um pouco menos real.
Ou a realidade pareceu um pouco menos brutal.
Nos olhos não haviam lagrimas a serem secas.
E os céus outrora cinzas, hoje tinham a luz de um cometa.
O velho rádio tocava uma musica que os lembrava bons dias.
Eles se empenhavam em continuar a sorrir.
Abraçados em seus pensamentos aguardavam o que esse novo dia os traria.

No coração a esperança sincera de poder seguir...
Seguir o caminho da felicidade, rumo a uma outra cidade.
Onde os edificios não cobrissem o céu
E do alto de uma colina pudessem admirar o mar, e lembrar.
De como o mais amargo fel agora era doce como o mel.
Só porque ao amanhecer nesse outro lugar poderiam se beijar.
E foi assim...
...pelo menos nos sonhos destes que eu não conheci.
Mas soube que era tudo verdade no momento em que senti.

sábado, 12 de setembro de 2009

O fel e o mel.

Pela garganta o amargo desce.
Não há explicações.
Nada mata esse vazio que só cresce.
Sem vida, sem emoções.
Existe algo em mim que não se satisfaz.
Não com as conquistas, nem com esses sentimentos.
É um enorme senso de nada, que não me deixa em paz.
Que me deixa tão inerte que nem existe sofrimento.
Algo que eu não sei nomear.
Só sei que tem gosto de fel.
Como quando a gente ve que errou e não pode mudar.
Ou quando mesmo sem um crime te jugam como réu.
As vezes me sinto tão bem que de tudo isso esqueço.
Mas em dias como hoje eu penso que mereço.
Toda essa falta que eu sinto.
Ah, meus dias de inconsequencia, sem preocuções.
Vejo que na verdade eu minto.
Engano a mim mesmo, achando que isso é a solução.
Nada faz voltar tudo que eu perdi.
Minha personalidade, minha familia, meu deus e até o meu ar.
Felizmente não se apaga o que com isso eu construi.
Minha arte, meus amores, meus amigos, aprendi a sonhar.
Afinal, "o doce nunca é tão doce sem o amargo".
Aprendi assim que a felicidade existe.
Existe nos momentos em que esquecemos dos problemas,
paramos de procurar soluções, entendemos que a vida é triste.
Mas que mesmo assim vale a pensa estar vivo, e tentar sorrir.
Que existem pessoas que te querem bem e te darão forças para seguir.
E assim um passo de cada vez eu vou percebendo que no fim, tudo é como deveria ser.
É tudo relativo, depende do ponto de vista, depende só de mim, depende só de você.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Espelhos

Tudo que eu escrevo, é sobre mim, é sobre ti.
Não posso negar, às vezes tenho que mentir.
Nas folhas molhadas e sujas de cinzas te encontro enfim.
Então quando veres tanto de ti nos versos, é o quanto de ti há em mim.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Angustia.

Eu não tenho me sentido bem.

Não tem muitos porquês.

As coisas estão como sempre estiveram, complicadas, mas remediáveis.

Sempre remediáveis.

Tantas pessoas já passaram pela minha vida, eu já passei pela vida de tanta gente.

Espero que alguma delas tenha aprendido algo comigo, assim como aprendi muito com muitas delas.

Espero que as decepções que eu causei, sarem. Assim como eu sarei as que foram causadas em mim.

Espero que quando eu for ninguem chore, mas sintam um pouco de falta.

Só para eu perceber que eu fiz alguma diferença aqui.

E que tudo que eu disse, ou pelo menos tentei , não vai morrer comigo.



cansei

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Soneto V (A Despedida)

Os meus olhos não encontrão mais os teus

Teus sorrisos já não são mais parte dos meus

É indiferente para ti saber o quanto eu vou sofrer

Então tanto faz para mim te ter ou te esquecer.


Te juro, enquanto puder vou evitar.

Evitar te ver, te olhar e até lhe falar.

Já não me importa pelo que vais passar

De soneto em soneto eu vou te apagar


Queria que tivesse outra saída...

Que tua estrada em algum ponto me encontrasse

E que nossas estradas unidas construíssem uma vida


Queria que o tempo nos mudasse...


Enquanto isso só o que nos resta é esta singular despedida

Esta em que escrevo pensando em como seria a vida se tu me amasse.

domingo, 6 de setembro de 2009

Dualidade

Quem me conhece vê a tristeza naquele sorriso singular.

E vê também a felicidade no silencio que parece eterno.

Silencio singelo, demonstra tudo tão melhor que o falar

E faz de cada segundo, cada olhar um gesto tão terno.

Até a minha voz diz mais quem eu sou do que eu

Para mim sou somente um vácuo, um vazio, um breu

A agressividade desnecessária, tão falsa calmaria

Não só para suprir o ego, mas evitar o mal que faria.

E a musica?

Nada me descreve melhor do que os rascunhos no meu quarto.

Minhas histórias e estórias, o fardo que de tanto carregar, já estou farto.

Queria pode escrever minha vida, antes dela existir, não depois.

Se você assim, talvez usasse menos a palavra "eu" e mais "nós dois".

Não sei se faria diferença. Não sei se seria melhor ou pior.

Mas poderia ser assim...ou não.

Talvez eu goste mesmo é da solidão.



Canto gritando para me salvar do lado mal
para preencher minha falta estrutural
para manter a minha respiração.

sábado, 5 de setembro de 2009

No plagio de uma bela melodia...

você nem em sonhos conseguiu ver
tudo que eu escrevi pra você ler
ou para eu recitar pra você dormir

acordei com essa musica na cabeça.
727 km, 10 horas, 3 estados, e algumas dezenas de cidades depois...

Estou sozinho, numa multidão
grito seu nome, tento te escutar...


Floripa é bonita pra caralho.
Mas... não to aqui nem a 24 h e já sinto falta de algumas pessoas.
Foda né?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Respire, meu amor.

Eu te prometo que eu vou voltar.

Tenha coragem, segure esse choro.

Eu garanto que tudo vai passar.



Porque as coisas não podem ser como eu sonhei?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

colapso

O mundo parou,

somente o silencio agora ecoa.

minha mente desatina a divagar...