sexta-feira, 29 de maio de 2009

Soneto II ( A reflexão)

Anoiteceu! Nada parece mais tão ruim agora.
Não sinto mais tanta falta do que eu deixei para traz.
Mas ainda assim, paira aquela vontade de ir embora.
Ah, se soubesse o mal que esse sentimento faz!


A lua parece iluminar minha mente desnorteada.
Vislumbro agora outro mundo, talvez seja invisível.
Toda aquela muralha de resistência desaba.
Sobre mim chove uma paz indescritível.

Então prefiro silenciar o mundo, e sozinho
Com a cabeça erguida traçar o meu caminho
E quem sabe não encontro alguém nesse mundo que é só meu.

Mas eu não ando devagar, não conheço os meus limites
Não deixo o tédio dominar, esqueço o que é triste.
Quem sabe assim faça do meu mundo insano também o teu.

Uouo, esse é o som do nosso fim.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Soneto I ( A dor)

Acorda sem abrir os olhos.
Coração acelerado, apertado, quase chorando.
Pedi à deus um motivo qualquer para levantar.
Não espera resposta, prefere continuar pensando.

Irritado , inquieto, inconformado.
Nada parece fazer sentido naquela manha.
Preferia estar viajando, bebendo ou até dopado.
Mais uma noite em claro, mais um dia no divã.

Um outro motivo para se ver morrer.
Angustiado pelos cantos sem saber o que fazer.
O cigarro e o conhaque o acompanham à mesa.

O remorso vem assistir o teu sofrer.
E faz rir a qualquer um tua incapacidade de viver.
Eu sei, parece cocaína, mas é só tristeza...

Você me diz para desistir, mas eu vou sempre conseguir.

domingo, 17 de maio de 2009

Sinceramente, não espero teu perdão.
Não espero que nada volte a ser igual.
Espero não ter feito tudo em vão.
O bem que eu fiz pra ti foi o meu mal.
Te poupei da minha presença,
Dos meus vícios, das minhas manias.
Mesmo que eu não me convença
Penso que foi melhor ver a lágrima que corria.
Eu sei, parece cliché.
Mas o que eu posso dizer
Se eu já não consigo escrever.
Não consigo mais compor.
Não consigo mais pensar.
Tudo soa repetitivo.
Tudo mesmisse.
As letras parecem tão vulgares.
Tão incapazes de expressar.
As vezes acho melhor sumir, talvez me mudar...




Difícil é sorrir, mas eu continuo tentando.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Segredos.:

Todos possuem algum.
Não que seja por opção.
É inevitável.
Fica guardado.
O nosso talvez seja comum.
Escondido no coração.
Incontestável.
Imaculado.
Mas é pura ficção.

domingo, 10 de maio de 2009

Relax, open your eyes.

"Te encontro em outra vida quando formos gatos!"

domingo, 3 de maio de 2009

O céu de Monet

Saltou.
Por alguns segundos sentiu a liberdade.
Aquela que costumava sentir antes de sonhar.
Soube que naquele instante que tudo era verdade.
Dormiu.
Não poderá mais acordar.
O remorso.
Não poderá mais consertar...
Aquela vida tão bela.
Como as que o cinema exibe nas telas.
Sob o céu de Monet percebeu
Que seu amor era ficção.
Fantasia do seu velho "eu"
Nunca passou de ilusão.
Aquele dia.
Teu rosto tão perto.
Teu sorriso.
Tudo tão certo.
Um sonho.
Uma invenção.
Agora sabe, vai partir.
Porque não vai te ver novamente.
Não vai ter com quem sonhar.
Na verdade cansou de imaginar.
Queria ter vivido.
Talvez preferiria não saber
Que nunca teve teu beijo, nem o vai ter.
Então daqui do alto, conheceu sua própria realidade.
Escolheu a melhor opção.
Saltou.


Só o silêncio me conforta.
Não vou mais deixa-lo.

Nem quebra-lo.
Juro.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O contador de histórias.

Não conhece a realidade.
Só a viu por retratos.
Nada mais que relatos.
Prefere seu mundo esquizofrénico.
Sentimentos controlados.
Razão até o ultimo fio de cabelo.
Mas no fundo a melhor parte do seu mundo está nas letras.
Provavelmente naquelas que ninguém vai ler.
O lugar comum.
Onde seu mundo paralelo encontra o real.
E caminham de mão dadas.
Em escritos regados à vodka.
Exalando nicotina e cravo.
Paginas e paginas em branco.
Histórias que não são suas.
Realidade em devaneio, em busca do que atrai felicidade.
Do que faz sentir.
Andando com um pé no real, outro na fantasia.
Aonde só ele sabe de onde a realidade se torna poesia.
Ou onde a poesia retrata a realidade.
realidade do seu jeito.
Modificada, piorada, mais convicta, com mais sentido, com mais enredo.
A vida é monótona.
Tem que se fazer dela a arte.
Para que ganhe de fato "vida".
Ele não sabe onde ele começa e o mundo termina, são historias únicas.
Um capitulo infinito de um livro inacabado.
Num mundo onde se pode modificar o que não está certo.
Ou o que não deveria estar certo.
Ele não existe.
É só um reflexo de frases.
Onde algumas pessoas pensam ter encontrado um ser pensante.
Frieza e inércia trazem segurança.
Mas é a insegurança que manda buscar a felicidade.
Então contará histórias, até perceber que devia ter vivido mais.
Guardará os rascunhos da sua vida, e finalmente seguirá.
Rumo ao infinito.
A energia.
A luz.


"o poeta é um fingidor
finge a dor que deverás sente."

Top 5: músicas para ouvir na"bad"

Bom, não tem nada mais brega do que top 5, então eu acho que eu vou fazer vários agora. Para começar nada melhor do que um top das músicas que realmente te remetem a fossa. Aquelas músicas que realmente se fosse colocou o cd no som, deitou na cama, e parou a coisa inútil que você estava fazendo para ouvir é porque realmente não tem salvação. "Tá na bad".
Segue abaixo os músicas que atualmenteme acompanhariam ao longo dos meus desapontamentos com a vida, que são passageiros, mas rendem bons momentos de descanso e reflexões sem sentido, ouvindo aquela música que embala o sono desiludido.

1.Fresno - Milonga
2.Dance of Days - Quem vai limpar o quarto de Gregor Samsa?
3.Ludov - Melancolia
4.Falante - A arte do desencontro
5.Los hermanos - Veja bem meu bem

Tudo nacional, e quase tudo independente. É porque o top 5 é meu, então tem que ser assim.