quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ciclico.

Chega uma hora em que toda poesia vira melancolia.
e até o sorriso mais sincero perde a cor e amarela.
Chega uma hora em que a fumaça toma o rosto que sorria.
E um degrade cinzento toma toda cor da aquarela.

A porta se fecha, a luz se apaga.
A frase na garganta entalada.
A dor no peito parece que rasga.
Tanto veneno acumulado até engasga.

Tudo cultivado sem amor, nem carinho.
Graças as pedras que surgiram no caminho.
Finjo que não, mas sinto o sangue na garganta.
É tolo, doido, mas também é o que me encanta.