As folhas já não vão mais cair.
E o ar gélido chega para assombrar.
Para lembrar-te dos Invernos que viste partir,
Para lembrar-te quantas vezes por ele tu se deixaste levar,
Para te recordar das lembranças a esmorecer,
Para te recordar a vida que te falta nesse teu viver.
Porém o frio que congela, te faz procurar o que aquece,
Isso talvez te livre do que te aprisiona e adormece.
E talvez na invernia externa, teu interior aqueça,
Ainda que as narinas sintam o ar congelar.
E assim talvez a desesperança desapareça,
E te faça perceber o quão longe pode enxergar.
Aí teus olhos te farão ver o que estava oculto.
E terá paz essa tua mente cheia de tumultos.
Verás o caminho rumo a próxima estação,
E seguirá convicto como se a primavera lhe apontasse a direção.