domingo, 12 de janeiro de 2014

O vermelho no reflexo do espelho.

Eu não tinha versos para descrevê-la. Ela era a minha poesia. Cada pensamento, cada letra. A presença dela me enlouquecia. A ausência me enlouquecia mais ainda. Uma loucura que não finda. Ela era minha vicio, e minha abstinência, Meu moralismo e minha indecência, Meu céu e meu inferno, Era o poema com manchas de uísque no caderno. Ela era o sorriso do encontro e a tristeza da despedida. Ela era amor, era dor, era vida. Ela era o anjo na porta do paraíso, Uma bifurcação no caminho do indeciso. Ela era minha paz ao ouvir o mar, a aurora em um dia ensolarado, era a felicidade de poder amar, e o desejo ser amado. Era a minha brisa numa tarde quente, O cobertor da noite fria. Ela era o prazer de ter alguém, e a saudade de quem se distancia. Ela era meu olhar vago na lembrança, E o futuro que se anuncia.