domingo, 3 de maio de 2009

O céu de Monet

Saltou.
Por alguns segundos sentiu a liberdade.
Aquela que costumava sentir antes de sonhar.
Soube que naquele instante que tudo era verdade.
Dormiu.
Não poderá mais acordar.
O remorso.
Não poderá mais consertar...
Aquela vida tão bela.
Como as que o cinema exibe nas telas.
Sob o céu de Monet percebeu
Que seu amor era ficção.
Fantasia do seu velho "eu"
Nunca passou de ilusão.
Aquele dia.
Teu rosto tão perto.
Teu sorriso.
Tudo tão certo.
Um sonho.
Uma invenção.
Agora sabe, vai partir.
Porque não vai te ver novamente.
Não vai ter com quem sonhar.
Na verdade cansou de imaginar.
Queria ter vivido.
Talvez preferiria não saber
Que nunca teve teu beijo, nem o vai ter.
Então daqui do alto, conheceu sua própria realidade.
Escolheu a melhor opção.
Saltou.


Só o silêncio me conforta.
Não vou mais deixa-lo.

Nem quebra-lo.
Juro.

Um comentário:

  1. Você escreve muito bem , novamente você acertou nas palavras e a maneira como elas se encaixam umas as outras formando lindos versos *-* , parabéns ;*

    ResponderExcluir