Mais uma vez a vi partir
pela janela do ônibus,
retomei o folego e tentei sorrir.
Não sei descrever o sentimento
Se é pesar, frustração
só sei que eu lamento.
Um aperto no peito,
beirava desespero.
Meu defeito?
Colecionava erros.
Triste foi o caminho de volta.
Voltar?
Para onde? Para quem?
O que eu tinha já deixei muito aquém
Aquém da vida, do amor, de seja lá o que for.
Precisava de um copo, um bar.
Passei por alguns que costumava frequentar.
Pensei em parar, pensei em me abandonar.
Segui.
Olhos marejando, ensaiando para encharcar a alma.
Como muitas vezes as lagrimas dela molharam meus ombros,
Enquanto eu sussurrava "calma meu amor, calma"
Eu não tinha ninguém.
Nem para consolar,
nem para debochar de mim,
nem para conversar.
Ate as costumeiras garrafas de vodca vagabunda estavam ausentes.
Comovidas com minha face que carregava um sorriso quase deprimente.
Cheguei ao meu destino, ainda sem destino certo.
Sozinho com a fumaça do cigarro, Bukowski e ela.
Resolvi escrever, mais um episodio versado da novela.
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