As pessoas me incomodavam,
estavam sempre aglomeradas, falando merda,
mentindo, contando vantagens.
Não gostava disso.
Elas me aterrorizavam.
Sempre pensava
""sera possível eu ficar idiota assim?""
Não queria nada delas.
Seus sorrisos comprados em shoppings,
Seus cabelos lisos banhados a formol.
Suas almas vazias embebidas de cianureto,
amortizando pouco a pouco a vida que restava nos seus rostos.
Por isso não queria a companhia delas.
Não fazia sentido ouvi-las, porque eles não tinham nada pra dizer.
Eu só queria uma cerveja.
Algum dinheiro, alguns cigarros.
A solitude do bar.
Lugar de sobreviventes, unidos pelo limbo interior.
Navegando num mar de pesamentos,
onde boiam garrafas vazias,
e a fumaça dos cigarros faz a vez da neblina.
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