quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Viajante

Partiu.
Seguiu seu rumo sem pensar, sem pestanejar.
Deixou suas malas e também tudo que sentiu.
Pôde perceber que mais suave agora se fazia o ar.
Partiu.
Por milhas e milhas caminhou sem se preocupar.
Não esperava nada, já sabia como esperar era vil.
Então de vento em vento se fez a tempestade no seu mar.
Sorriu.
Mais uma oportunidade de se manter de pé, não fraquejar.
Uma chance de reconstruir tudo que seu vício destruiu.
Mas de vicio em vicio, tempestade em tempestade, é que se controem castelos no ar.
Sorriu.
De tanto viajar sem rumo se encontrou sem procurar.
Viu que toda pedra no caminho é um degrau extremamente sutil.
E de degrau em degrau se alcançam os castelos, portos seguros para se atracar...

...e isso é só pelo prazer de saber que ele está lá, porque ao menor sinal de duvida lá vai o viajante de novo, sem duvidas , sem medo, pronto para zarpar.

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